segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Finish (quase)

Sem lamurias e satisfeito por cá andar, apenas temendo a velocidade com que o sol se põe todos os dias, mais um ano a ficar na retina dos nossos pensamentos, outro a chegar e para lhe provarmos que o queremos desfrutar em toda a sua plenitude tudo devemos fazer para retardar a sua chegada ao fim, aproveitando ao máximo o tempo que ele nos oferece, vale tudo o que não for tempo desperdiçado, mesmo aquele que passa dedicado ao ócio.

Para mais logo e se Deus quiser, visto que por mim não há qualquer entrave,  haverá polvo na mesa, confeccionado ainda nem sei como, branco, tinto, rosé e espumante para o acompanhar, entradas e sobremesas, aperitivo e digestivo depois do café.

Se calhar mais tarde umas fotos, mas sem promessas.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Assiduidade

A frequência de posts por estas bandas não tem sido abundante, é mais do que sabido que todos os dias se come, para alguns até mais do que uma vez e variado, no entanto, a falta de tempo, essa sim, tem sido em excesso.

 Prontos, agora à séria, como se dizia há algum tempo atrás que subir para cima é diferente de descer para baixo e recuar para trás não tem piada alguma, efectivamente algumas destas expressões, mesmo só uma ou outra parecem mal nos dias de hoje. Jorge Jesus, outra sumidade no uso da língua de Pessoa, ao dizer "perca"  logo se lhe atiraram os abutres em prosa corrigida ao abrigo do AO, confundindo com um peixe do rio Nilo um expressão correcta proferida pelo homem.

Com este post espero ser mais periódico do que tem sido a chuva e o vento neste Outono que agora termina, sem esquecer que dos Santos ao Natal é Inverno natural e também não quero deixar de demonstrar o meu apreço pela EDA que nos tem permitido ter luz quase todos os dias.

Os meu sinceros votos de um Alegre Natal celebrando em família, sempre que possível,  o nascimento do Menino Jesus.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sobremesa

A minha inspiração para deixar por aqui hoje qualquer aglomerado de palavras minimamente ordenadas e com algum nexo, chegava-me à parte de cima das solas dos sapatos, ali mesmo quase a roçar a palma dos pés, somente com a peúga a separar, o que sinceramente me fazia sentir alguma comichão com a transmissão desses impulsos ao cérebro e, vai daí que ouvi a notícia:

Assembleia Regional sem plenário em dezembro

O plenário da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores não reúne em Dezembro.

A presidente do parlamento, Ana Luís, diz que não houve tempo de preparar matéria para ir a plenário.

  

Assim de repente apenas me ocorre abacaxi

Resta-me ainda acreditar que para além do Pai Natal se portar bem comigo este ano porque fui bonzinho e também na existência de matéria para que no próximo plenário se discuta o encerramento definitivo da Assembleia.

domingo, 18 de novembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pinga # 1,5

E cá está o primeiro da época, como não tinha muito tempo a infusão de canela, a cor ficou muito ténue por isso adicionei umas gotas de corante alimentar vermelho , o resultado foram duas garrafinhas, só nas provas já sobra pouco de uma delas, a outra é reserva para o Natal, ainda falta fazer mais um ou outro, uma vez que é preciso dar cor às outras garrafas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pinga # 1

Tem sido complicado cá chegar, os mais variados afazeres vão roubando tempo a certas coisas que se gosta de fazer, no entanto, há coisas que não se podem adiar por muito tempo correndo-se o risco de não tirar-mos partido delas nos momentos certos, é o caso dos licores caseiros que costumam andar em grande por altura do Natal, por isso mesmo não vai passar de hoje a compra do álcool, pois só tenho um pouco que está a macerar, os restantes ingredientes já estão preparados, estou a referir-me a um licor de canela que pretendo fazer, já tenho num recipiente há já alguns dias uns paus de canela numa infusão de álcool etílico próprio para o fabrico de bebidas, que se encontra com facilidade quer em farmácias ou supermercados e pode ser de 96% ou 70%, mas adiante, também é preciso meio quilo de açúcar, três quartos de litro de água e claro um frasquinho de quarto de litro de álcool, pois o que está com a canela é só um pouquinho para cobrir. Vou juntar numa panela o açúcar com a água, pode ser da torneira desde que fique de um dia para o outro num recipiente aberto para evaporarem os desinfectantes, deixa-se ferver cerca de dez minutos, mexendo sempre,  para ganhar algum ponto, retira-se do lume e deixamos arrefecer, quando estiver frio juntamos o tal álcool que estava com os paus de canela, neste caso vou juntar todo uma vez que não esteve a macerar muito tempo, e o restante álcool, mexe-se bem e utilizando um filtro de café verte-se para as garrafas previamente escaldadas e passadas interiormente com um bocadinho de álcool.

Esta bebida é mesmo alcoólica, pelo menos a avaliar pelas vezes que escrevi a palavra álcool aqui.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Molho Danone

Até podia  ser, de qualquer modo tinha sido apenas até 2006, data em que a tradicional empresa americana HEINZ comprou a marca LEA & PERRINS que pertencia à francesa Danone.

Em 1921, uma bebida chamada “Bloody Mary” foi criado pelo barman do Harry’s New York Bar de Paris quando este misturou vodca, suco de tomate e algumas gotinhas do molho LEA & PERRINS, tornando assim o molho ainda mais famoso e místico.



Conta a tradição que lorde Marcus Sandys era um apreciador das boas coisas da vida. Nascido na região de Worcester, cidade inglesa conhecida pela indústria alimentícia e renomada fabricação de porcelana, foi para a Índia no início do século 19, na época controlada pelo Império Britânico. Desembarcando ali, na província de Bengala, da qual se viria a tornar governador, uma das suas primeiras iniciativas foi procurar um grande cozinheiro. Encontrou um mestre em forno e fogão que, além de lhes preparar pratos elegantes das culinárias ocidental e oriental, temperava-os com um molho escuro e condimentado. O profissional da cozinha  tornara-se conhecido por essa criação e não revelava a fórmula a ninguém. Antes de regressar à Inglaterra, porém, lorde Sandys conseguiu que ele lhe entregasse a receita do tal molho. Então, mandou comprar os ingredientes e especiarias, colocou-as na bagagem e voltou para casa.

Em 1835, chegando a Worcester, entregou aos químicos John Wheeley Lea e William Perrins, proprietários de uma pequena farmácia de manipulações fundada em 1823, uma série de ingredientes do mar e da terra: anchovas fermentadas, alho, cravo-da-índia, chalotas, extrato de carne, mel de cana, molho de soja, pimenta do reino, essência de tamarindo e vinagre de malte. Confiou-lhes também a receita do cozinheiro indiano e encomendou alguns litros do tal molho. Algum tempo depois, lorde Sandys apareceu para provar o resultado. Nem ele nem Lea e Perrins gostaram, deparando-se com um molho desastroso e intragável. Como o cliente nunca mais apareceu, os donos da farmácia acabaram esquecendo o barril do condimento numa prateleira empoeirada do porão. Quase dois anos depois, os proprietários precisaram de espaço e uma faxina se fez necessária. Foi quando os dois lembraram do tal molho e resolveram experimentá-lo. Para surpresa de ambos, o líquido rejeitado havia se convertido em um tempero divino de sabor especial, após ter fermentado e amadurecido. Com suas experiências na área química, concluíram que a ação do tempo tinha operado aquele milagre e que detinham uma fórmula a ser mantida secreta. Começava então a história do molho da região de Worcester preparado por Lea & Perrins.

Texto retirado daqui. 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ainda sem salsa

e mesmo assim apeteceu fazer umas hamburguitas, nada de especial, apenas foi necessário arranjar um ovo, uma cebolinha picada finamente, pão ralado, uma colher de sopa de molho inglês, outra de pasta de chouriço, uma pitada de sal, outra de mistura de cinco pimentas e algumas folhas de tomilho seco e misturar tudo isto com cerca de meio quilo de carne moída, é costume ser novilho e porco meio por meio com uma salsicha fresca à mistura, neste caso foi mesmo só novilho.

domingo, 21 de outubro de 2012

Miséria

é não haver salsa numa casa, pior, pior mesmo é lembrarmo-nos desse facto com os ingredientes já misturados e o prato quase pronto, aconteceu hoje mesmo quando preparava um polvo à minha moda. Descongelei-o de véspera transferindo-o da arca para o frigorifico, como já estava limpo, foi só passar por água e panela de pressão com ele, levantou fervura e passados vinte minutos tirei a panela do lume, levei-a ao lava louça e passei água fria por cima condensando o vapor e assim pude abrir sem demora, entretanto já tinha picado uma cebola e dois dentes de alho para uma frigideira alta, juntei um pouco de azeite e liguei o fogão, enquanto isso, com a ajuda de uma tesoura cortei o polvo em pedaços e juntei ao refogado, num copo tinha junto duas colheres de sopa de polpa de tomate com uma de massa de malagueta e 200ml de vinho branco que juntei enquanto mexia o polvo, como ficou um pouco de tomate no copo, juntei um bocado da água que tinha destilado da cozedura e juntei tudo, um pouco de sal e pimenta e um raminho de salsa, salsa não há. Como o molho é à base de tomate e com tomate o manjericão vai bem, lá foi. Não havia salsa e camarão também não, caramba é miséria mesmo, é costume juntar uns seis ou sete camarões congelados e tapar a frigideira, ao fim de alguns minutos tira-se a tampa e deixa-se ferver  para reduzir um pouco o molho, entretanto noutro bico tinha uma batatas a cozer, tenho a certeza que não tinham reparado senão já me tinham avisado que estavam prontas, foi só levar para a mesa e servir, o vinho já estava aberto há um bom bocado e estava bem fresquinho, copo e meio já tinha marchado, é que o branquinho não deve ficar muito tempo no copo, corre-se o risco de perder temperatura. 
Fotografias? Fotografias não há, mas que estava espectacular estava.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

do acém

- Hoje ao jantar vou comer uma _________________ grelhada.
 
Costeleta ou Costoleta?
Ao contrário do que se ouve e do que se lê em certas ementas de restaurantes, a palavra correcta é “costeleta”, dado que a carne provém da costela.
Costoleta não existe (ou não deveria existir…).
Por isso:
 
- Hoje ao jantar vou comer uma costeleta grelhada.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Malagueta salgada

            Iniciei-me nos prazeres da malagueta na ilha de S. Miguel por incrível que pareça, há já um bom par de anos, fui jantar a um restaurante e pedi um bife à casa, passado um bocado lá veio o bife de vaca, muito tenro e saboroso por sinal, numa caçarola de barro vidrado sobre uma fatia de pão torrado com um ovo a cavalo rodeado de algumas batatas fritas e arroz, o molho abundava e no topo como que a coroar o que para mim não passava de um bitoque, estava meia malagueta salgada, e que maravilha, tão bem me soube que ainda hoje o recordo.
       A estas, que colhi na minha horta, retirei as partes verdes, abri e fiz o mesmo às sementes e todas as partes brancas, num frasco de boca larga esterilizado depois de as por lá dentro juntei água e sal marinho à razão de duas partes de água e uma de sal .

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Lombo de porco simplex

Está no forno esta peça de lombo de porco coroada com três nozes de manteiga, sobre uma cama de rodelas de cebola em vinho branco, depois de ter marinado umas horas envolta em azeite, massa malagueta moída, alho picado muito miúdo, sumo de um limão, alecrim fresco picadinho, folhas de tomilho seco, sal e pimenta.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Preparos

Estavam cá fora os primeiros raios de sol do dia e andava eu a apanhar malaguetas pela fresquinha, vão ficar a repousar durante o dia e quando o sol se puser já estarão num banho de azeite que será guardado em local escuro e arejado até ir à mesa lá para o Natal para dar um gostinho especial ao nosso bacalhau.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Abóbora manteiga




Já foram colhidas quase todas as minhas abóboras manteiga produzidas na horta cá do rapaz. Para breve vamos ver sob que forma as levaremos à mesa, aceitam-se sugestões.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Se calhar uma sopa

Para iniciar a publicação de pratos preparados por mim, não deixei de ser inspirado por José Avilez e tal como ele, a primeira sopa que preparei à minha filha foi um creme de cenoura. Não o preparei sozinho, foi uma coisa feita a dois, assim  exigia o grau de dificuldade de execução da receita, um descascava e cortava, outro adicionava água; um ia buscar batata e alho francês, outro juntava água e ligava o fogão; ambos aguardavam e um desligava o fogão, o outro ralava, por fim um adicionava um fio de azeite e o outro não punha sal. Enfim, espectacular a imagem que se retém de uma boca cheia de sopa por fora, e já  passaram uns anitos.

Couvert

Pratos e pingas, gosto de comer e de beber, também gosto de preparar alguns pratos e até algumas bebidas, por isso mesmo este será o espaço ideal para partilhar convosco as minhas aventuras na cozinha e não só.