quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Molho Danone

Até podia  ser, de qualquer modo tinha sido apenas até 2006, data em que a tradicional empresa americana HEINZ comprou a marca LEA & PERRINS que pertencia à francesa Danone.

Em 1921, uma bebida chamada “Bloody Mary” foi criado pelo barman do Harry’s New York Bar de Paris quando este misturou vodca, suco de tomate e algumas gotinhas do molho LEA & PERRINS, tornando assim o molho ainda mais famoso e místico.



Conta a tradição que lorde Marcus Sandys era um apreciador das boas coisas da vida. Nascido na região de Worcester, cidade inglesa conhecida pela indústria alimentícia e renomada fabricação de porcelana, foi para a Índia no início do século 19, na época controlada pelo Império Britânico. Desembarcando ali, na província de Bengala, da qual se viria a tornar governador, uma das suas primeiras iniciativas foi procurar um grande cozinheiro. Encontrou um mestre em forno e fogão que, além de lhes preparar pratos elegantes das culinárias ocidental e oriental, temperava-os com um molho escuro e condimentado. O profissional da cozinha  tornara-se conhecido por essa criação e não revelava a fórmula a ninguém. Antes de regressar à Inglaterra, porém, lorde Sandys conseguiu que ele lhe entregasse a receita do tal molho. Então, mandou comprar os ingredientes e especiarias, colocou-as na bagagem e voltou para casa.

Em 1835, chegando a Worcester, entregou aos químicos John Wheeley Lea e William Perrins, proprietários de uma pequena farmácia de manipulações fundada em 1823, uma série de ingredientes do mar e da terra: anchovas fermentadas, alho, cravo-da-índia, chalotas, extrato de carne, mel de cana, molho de soja, pimenta do reino, essência de tamarindo e vinagre de malte. Confiou-lhes também a receita do cozinheiro indiano e encomendou alguns litros do tal molho. Algum tempo depois, lorde Sandys apareceu para provar o resultado. Nem ele nem Lea e Perrins gostaram, deparando-se com um molho desastroso e intragável. Como o cliente nunca mais apareceu, os donos da farmácia acabaram esquecendo o barril do condimento numa prateleira empoeirada do porão. Quase dois anos depois, os proprietários precisaram de espaço e uma faxina se fez necessária. Foi quando os dois lembraram do tal molho e resolveram experimentá-lo. Para surpresa de ambos, o líquido rejeitado havia se convertido em um tempero divino de sabor especial, após ter fermentado e amadurecido. Com suas experiências na área química, concluíram que a ação do tempo tinha operado aquele milagre e que detinham uma fórmula a ser mantida secreta. Começava então a história do molho da região de Worcester preparado por Lea & Perrins.

Texto retirado daqui. 

1 comentário:

  1. Segui os passos da minha amiga Isabel e chequei até aqui no teu cantinho. Vamos movimentar esse blog amiga.
    Fiquei te seguindo e quero ver o teu sucesso.


    Bjssssssssssssss

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