Feliz Natal

A árvore de Natal ainda está no seu lugar, muito por culpa de ser artificial e também de satisfazer a vontade do elemento mais novo da família. A verdade é que não incomoda nada, as luzes estão desligadas pelo que se deve entender que a árvore está semi montada. É que nem é só a árvore, todos os outros elementos decorativos do Natal se encontram espalhados pela casa. Qual é o problema? Nenhum, claro. Se volta e meia cá em casa se come bacalhau cozido com batatas e couves e não será por causa do Menino, pois Ele está presente o ano todo e a árvore não tem nada a ver com Ele.

Provavelmente a melhor

sobremesa do Natal, pelo menos da minha mesa, o problema são os ovos, os muitos ovos, e cá por casa até se corta na receita, apenas se usam nove inteiros das dezasseis gemas da receita para 500 gramas de pão de forma sem côdea, é preferido o da panificação que depois de embebido nos ovos batidos vai a cozinhar numa calda de 500 gramas de açúcar com água,  dispõe-se num prato umas sobre as outras e polvilha-se com canela, logo depois lava-se o prato pois desaparecem num instante.

A inveja é uma merda

Como é habitual neste dia primeiro do ano, estou a assistir ao concerto de ano novo transmitido pelo cana 1 em directo da Áustria, não, não vos vou fustigar com os nomes quer da orquestra filarmónica, quer da sala e muito menos das peças interpretadas, por um lado para não me armar em pseudo cultural e por outro, porque nem sei ao certo a maior parte deles, mas gosto e gosto tanto que estou para aqui há imenso tempo para escrever meia dúzia de linhas de prosa barata por isso aproveito agora o intervalo, mas isto pouco ou nada interessa. Liguei mesmo esta máquina para atirar para aqui o meu desabafo em relação às televisões que temos, isso mesmo, aquelas que se apressaram em mostrar ao país as desgraças que se abateram sobre a ilha da Madeira este ano que passou e nem um segundo em directo mostraram do maior e com algum retorno económico espectáculo pirotécnico do país. Foram esses também que daquilo que disse o Papa, apenas conseguiram transmitir a omissão da vaca e do burro do presépio, a vaca não imagino por onde anda, agora o burro e toda a sua descendência tenho quase a certeza.

Aproveitem o Ano Novo como se não houvesse outro.